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Coworking na Estrutural incentiva produção e gera renda para mulheres


Espaço idealizado pelo Governo do Distrito Federal oferece estrutura, maquinário e matéria-prima para alunas capacitadas pela Fábrica Social se lançarem no mundo da economia criativa com peças de confecção e artesanato

Jak Spies, da Agência Brasília | Edição: Débora Cronemberger

Um novo espaço na Estrutural incentiva a produção artesanal independente, com a capacidade de gerar renda para os moradores da região. Localizada em Santa Luzia, a Fábrica de Cidadania é um projeto idealizado pelo instituto Conecta Brasil em parceria com o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda (Sedet-DF).

O espaço compartilhado de trabalho, que funciona como uma espécie de coworking social, é dedicado principalmente às mulheres, impulsionando o empreendedorismo e girando a economia local. Com foco nas áreas de confecção e artesanato, o projeto visa proporcionar toda a estrutura necessária, desde ambiente e mobiliário até maquinário e matéria-prima, de forma gratuita.

Já são 75 costureiras cadastradas, que fazem produção de bandeiras, ecobags, camisetas, coletes para futebol, canecas, entre outros artesanatos na área de costura e serigrafia, com demandas que vêm da própria comunidade.

O espaço tem capacidade de atender, simultaneamente, 30 pessoas todos os dias e funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h – podendo, dependendo da demanda, estender o horário ou até mesmo abrir no fim de semana.

Depois da capacitação, vem o trabalho

O presidente do Conecta Brasil, Eduardo Moreira, fala da importância do projeto: “A partir do momento que você dá uma infraestrutura, isso possibilita que aquelas pessoas tenham a oportunidade de gerar renda”

O projeto foi aberto em dezembro de 2023 e passa por adaptações. Segundo o presidente do Conecta Brasil, Eduardo Moreira, a Fábrica de Cidadania é uma soma à Fábrica Social do governo, a última sendo um projeto de capacitação profissional.

“A Fábrica Social capacita e a gente dá essa oportunidade de eles utilizarem as máquinas, principalmente quem não tem. A partir do momento que você dá uma infraestrutura, isso possibilita que aquelas pessoas tenham a oportunidade de gerar renda, então o GDF passa a fazer o papel completo: capacita e dá oportunidade de gerar renda. Ninguém paga nem um real pela máquina, só tem que trazer o seu material de costura”, afirma.

A costureira Francisca Rodrigues fez parte da Fábrica Social em 2013 e, ao sair, se questionou o que faria a seguir, com a capacitação oferecida. Para ela, além do projeto na Estrutural ser uma oportunidade de entrar no mercado de trabalho, facilita que ela fique mais perto dos filhos. “Esse projeto é um divisor de água nas nossas vidas. É muito bom a gente poder sair da capacitação e ter também como trabalhar depois”, destaca.

Psicólogas também fazem parte da iniciativa, atendendo as mulheres da comunidade no espaço de trabalho. Além disso, por utilizarem máquinas mais modernas e diferentes das que as mulheres costumam ter em casa, há instrutores e assistentes para dar auxílio e tirar as dúvidas de manuseio e utilização dos equipamentos.

Ana Patrícia da Silva é costureira há 19 anos e afirma que nunca viu algo parecido na comunidade. “Para a gente que aprendeu e não tem condições de comprar as máquinas, é uma realização para todas nós ter essas máquinas profissionais à disposição, para a roupa sair com qualidade e vir trabalhar para você ter o seu dinheirinho para ajudar na sua casa”, comenta.

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