Dia Mundial do AVC (29/10): Brasil registra uma morte a cada sete minutões

 

Neurocirurgião ressalta a importância de conscientizar sobre a prevenção e o rápido atendimento

No Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC), celebrado em 29 de outubro, dados recentes mostram a gravidade da doença no Brasil: entre 1º de janeiro e 5 de abril de 2025, foram registradas 18.724 mortes, o equivalente a uma morte a cada sete minutos, segundo o Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil. Em 2024, o país somou 84.878 óbitos por AVC, consolidando a condição como uma das principais causas de morte no país.

O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola explica que o AVC ocorre de duas formas principais: o isquêmico, responsável por cerca de 80% dos casos, quando há obstrução do fluxo sanguíneo para o cérebro; e o hemorrágico, causado pelo rompimento de um vaso cerebral, geralmente devido à hipertensão não controlada.

Como identificar um AVC

Reconhecer os sinais rapidamente pode salvar vidas. Espíndola recomenda a técnica SAMU, que ajuda a identificar sintomas de forma prática:

Sorrir: observar se há queda em um dos lados do rosto

Abraçar: verificar se a pessoa consegue levantar os dois braços ou se há fraqueza em um deles

Mensagem: pedir para repetir uma frase simples e observar dificuldade na fala

Urgente: acionar imediatamente o atendimento médico pelo 192

O especialista reforça que cada minuto conta. Quanto mais rápido o atendimento, maiores as chances de recuperação e menores os riscos de sequelas graves, como paralisias e déficits cognitivos.

Prevenção e fatores de risco

Segundo Espíndola, controlar hipertensão, diabetes, tabagismo e sedentarismo pode reduzir em até 80% os casos de AVC. Manter hábitos saudáveis, alimentação equilibrada e praticar exercícios regularmente são fundamentais para prevenção.

O envelhecimento da população, o estresse e os hábitos pouco saudáveis também elevam o risco da doença. Antes mais comum entre homens, hoje o AVC atinge igualmente mulheres, especialmente em faixas etárias mais avançadas.

Para Espíndola, informação e conscientização são as melhores armas contra o AVC. Reconhecer os sintomas e agir rapidamente pode salvar vidas e reduzir sequelas graves.

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