
Sindicalistas esperam reunir 50 mil pessoas no evento
Por Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil
      Os presidentes das centrais sindicais CUT (Central Única dos        Trabalhadores), Força Sindical, UGT (União Geral dos        Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do        Brasil), NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), CSB        (Central dos Sindicatos Brasileiros), Intersindical Central da        Classe Trabalhadora, anunciaram nesta segunda-feira (15) a        participação do ato nacional do 1º de Maio.
      O evento Por um Brasil mais Justo espera reunir 50 mil pessoas        no estacionamento da Neo Química Arena, o Itaquerão, na zona leste        da capital paulista. A mudança do evento do centro da cidade para        o bairro de Itaquera é para que a festa fique mais próxima dos        trabalhadores, segundo os organizadores. Marcado para as 10h, o        evento gratuito terá shows e um ato político, que defenderá as        bandeiras do emprego decente, correção da tabela do Imposto de        Renda, juros mais baixos, aposentadoria digna, salário igual para        trabalho igual e valorização do serviço público. A programação        completa não foi informada ainda e deve ser divulgada próximo da        data do evento.
      Apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter        participado da celebração no ano passado, ainda não há confirmação        de que ele esteja presente neste ano. 
      Greves
      O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, ao comentar as        paralisações dos funcionários públicos federais, que reivindicam        aumento de salário, lembrou que esses trabalhadores ficaram        praticamente 7 anos sem diálogo com o governo e sem nenhum        reajuste, acumulando demandas que não são só salariais, e que há        reivindicações de reestruturação de carreiras, além de haver        precariedade no que diz respeito a equipamentos.
      "É natural que os trabalhadores tenham suas pautas. Também        houve um desmonte dos serviços públicos nesses 7 anos. O reajuste        de 9% do ano passado foi um avanço. O próprio presidente Lula nos        ensinou que reajuste zero só é aceitável na derrota. Então eu        espero que o ministro Fernando Haddad encontre um espaço dentro do        orçamento para atender a reivindicação dos trabalhadores", disse.
      Nobre ressaltou ainda que o papel do sindicato é o de        reivindicar e a mesa de negociação nem sempre chega a um acordo,        mas segundo ele, é muito importante que o diálogo aconteça. "E        está acontecendo. Eu acho que o governo vai anunciar um calendário        de negociação por setores e nós esperamos que as negociações        avancem e a greve não aconteça. Se não tiver proposta nenhuma, o        sindicato foi feito para lutar e as centrais vão dar todo apoio à        luta dos servidores públicos", afirmou.
    
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