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| Internet das coisas - Arte/Agência Brasil | 
Velocidade de conexão piora quanto menor é o poder econômico
Os domicílios com acesso à internet no país passaram de 51%, em        2015, para 84% neste ano, com base no total de domicílios. No ano        passado, essa parcela chegou a 80%. Os dados são da pesquisa sobre        uso das tecnologias de informação e comunicação nos domicílios        brasileiros, a TIC Domicílios 2023, divulgada nesta quinta-feira        (16). 
      Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
      A amostra da pesquisa, do Centro de Estudos sobre as        Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), abrangeu        quase 24 mil domicílios e 21,2 mil indivíduos respondentes, com        coleta de dados entre março e julho deste ano. 
      As classes C e D/E impulsionaram crescimento da conectividade        nos domicílios brasileiros, passando de 56% para 91% e de 16% para        67%, respectivamente, entre os anos de 2015 e 2023. As classes A e        B passaram de 99% para 98% e de 88% para 98%, respectivamente. 
      No entanto, a velocidade de conexão piora quanto menor é o        poder econômico das classes, revelou a pesquisa. Já o        compartilhamento com domicílio vizinho é maior na classe D/E, com        25% do total de lares com acesso à internet. Na classe C, o índice        é de 15%; na B, 9%; e na A, 1%. 
      As classes C e D/E têm menos percentual de domicílios com        computador, sendo 42% e 11%, respectivamente. Enquanto as classes        A e B tem 99% e 84%, respectivamente. 
      Em relação ao acesso por indivíduos, a pesquisa mostrou que 84%        da população é usuário de internet, um total de 156 milhões de        pessoas. O indicador ampliado, que inclui indivíduos que afirmaram        não ter usado a internet, mas declararam o uso de aplicações no        celular que necessitam de conexão à internet, chegou a 164 milhões        de usuários. 
      O percentual de usuários é maior entre a população urbana, na        Região Sul, sexo feminino, entre brancos, com ensino superior, com        idade entre 16 e 24 anos, e na classe A. 
      Há ainda 29 milhões de pessoas não usuárias de internet,        revelou a pesquisa. A predominância está na área urbana, tem        ensino até o fundamental, entre pretos e pardos, na classe D/E, de        60 anos de idade ou mais, do sexo masculino, residentes do        Nordeste e Sudeste.
      Edição:  Fernando Fraga
    

