Apoio do 'Programa Compete Brasília' garante participação de prodígios da capital em competições nacionais e internacionais. Iniciativa já beneficiou mais de 4 mil atletas
Nas competições regionais e nacionais, um nome tem se destacado entre os atletas mirins de natação. Trata-se da brasiliense Alice Viçosa, que, aos 12 anos, sonha alto: "Quero disputar uma edição de Olímpiadas". Apesar da pouca idade, a pequena nadadora tem desempenho de gente grande e, graças ao Programa Compete Brasília, terá a oportunidade de seguir performando em alto nível ao competir com outras jovens promessas em torneios dentro e fora do país.
Kátia Viçosa, mãe da nadadora Alice, diz que a ajuda do programa do GDF está sendo fundamental para garantir a participação no Festival da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) Centro-Oeste Mirim e Petiz, sediado em Campo Grande (MS), em 16 de novembro | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília
O Compete Brasília, vinculado à Secretaria de Esporte e Lazer do DF, tem sido um catalisador para o desenvolvimento esportivo de crianças talentosas, como Alice. A iniciativa proporciona que atletas e paratletas da capital federal possam participar de competições de relevância nos cenários nacional e internacional, por meio da concessão de transporte (aéreo ou terrestre).
Até o momento, a iniciativa já beneficiou 4.170 atletas. "Queremos chegar a 5 mil. O Compete Brasília é um programa inédito em todo país, um modelo que tem sido replicado em outros estados. A iniciativa tem grande retorno esportivo para o DF, que tem sido uma incubadora de grandes crianças e jovens talentos", enfatiza o secretário substituto de Esporte e Lazer, Renato Junqueira.
Os irmãos João e Sara Cavalcanti têm a mesma paixão pelo xadrez. Com a ajuda do Compte Brasília, eles participam neste fim de semana do Torneio Brasileiro Escolar de Xadrez, realizado em Belo Horizonte (MG)
É justamente através do programa que Alice poderá disputar o Festival da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) Centro-Oeste Mirim e Petiz, sediado em Campo Grande (MS), que ocorrerá em 16 de novembro. O evento é fundamental para que a jovem prodígio mantenha o primeiro lugar no ranking nacional na categoria Petiz 2, na modalidade de 800 metros livres.
"Essas passagens cedidas pelo GDF foram muito importantes para o processo de preparação da Alice. Ela não poderia deixar de participar do evento, mas os valores assustaram a gente, seria complicado arcar sozinha com os custos", narra a mãe da pequena nadadora, Kátia Viçosa, 41. "Se não fosse essa ajuda, a gente teria que ir de ônibus, o que seria muito desgastante para ela, uma vez que ela estará vindo de outras competições", completa a professora de educação física.
O secretário substituto de Esporte e Lazer, Renato Junqueira, enfatiza que "o Compete Brasília é um programa inédito em todo país, um modelo que tem sido replicado em outros estados. A iniciativa tem grande retorno esportivo para o DF, que tem sido uma incubadora de grandes crianças e jovens talentos"
Mais modalidades
O Compete Brasília não contempla apenas atletas de modalidades olímpicas. A iniciativa se destaca por sua abrangência inclusiva, beneficiando jovens prodígios de esportes menos convencionais como o xadrez, por exemplo.
Na casa dos irmãos João e Sara Cavalcanti, de 11 e 7 anos, a paixão pelo jogo de tabuleiro é antiga: "Aprendi a jogar com o meu pai. Ele me ensinou boa parte dos movimentos. Há um ano, comecei a treinar com um professor e, desde então, ele nunca mais me venceu", brinca o garoto.
Mais do que uma atividade, a modalidade é vista pela dupla como uma oportunidade de carreira. "Meu sonho é ser uma atleta profissional de xadrez", enfatiza a pequena Sara, que acumula conquistas na modalidade blitz, também conhecida como xadrez rápido.
Nesta quinta-feira (12), os irmãos representarão a capital federal no Torneio Brasileiro Escolar de Xadrez, realizado em Belo Horizonte (MG). Ambos viajaram para a capital mineira com a ajuda do Compete Brasília. "O fato de muitas das competições serem fora do DF inviabilizaria a participação dos meninos. Com essa ajuda, a gente consegue ajudar a manter viva essa paixão pelo esporte e pelo competir. É muito bom e gratificante poder ver eles fazendo o que eles gostam", ressalta a mãe das crianças, Valéria Lehmann Cavalcanti, 39.
Com informações de Victor Fuzeira, da Agência Brasília